Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o Rei do Cangaço, nascido na cidade de Vila Bela, atual Serra Talhada em 4 de junho de 1898. Foi um cangaceiro brasileiro que atuou na região do sertão nordestino do Brasil. Até os 21 anos de idade trabalhou como artesão. Era alfabetizado e usava óculos para leitura, características bastante incomuns para a região sertaneja e pobre onde ele morava. Uma das versões a respeito de seu apelido é que sua capacidade de atirar seguidamente, iluminando a noite com seus tiros, fez com que recebesse o apelido de lampião.
Sua família travava uma disputa com outras famílias locais, geralmente por limites de terras, até que seu pai foi morto em confronto com a polícia em 1919. Virgulino jurou vingança, e junto de mais dois irmãos, passou a integrar o grupo do cangaceiro Sinhô Pereira. Em 1922, tornou-se líder do bando até então comandado por Sinhô Pereira em Pernambuco. No mesmo ano matou o informante que entregou seu pai à polícia, e realizou o maior assalto da história do cangaço àquela altura, contra a Baronesa de Água Branca em Alagoas. Em 1930 se junta afetivamente a Maria Bonita na Bahia. Durante quase 20 anos, Lampião viajou com seu bando de cangaceiros, todos a cavalo e em trajes de couro, chapéus, sandálias, casacos, cintos de munição e calças para protegê-los dos arbustos com espinhos típicos da vegetação caatinga.
Legenda: Maria Bonita e Lampião em momento de sossego na caatinga,em foto de 1936.
Descrição: A foto em preto e branco mostra um casal em meio ao cerrado. À direita e em pé, Lampião, de chapéu com a aba virada para cima, três moedas presas na testeira, casaco, calça com perneiras e alpercatas de couro; ele lê o jornal entre as mãos. À esquerda, Maria Bonita, sentada com a perna direita cruzada sobre a esquerda, ela está com as mãos sobre o lombo de dois cães, um de cada lado. Ela usa duas presilhas sobre o cabelo curto, vestido simples e sandálias. Ao fundo, a mata do cerrado.
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