quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Kemi Oshiro representa a audiodescrição brasileira na International Telecommunication Union

Prezados amigos e colegas audiodescritores,Escrevo para dividir com vocês uma experiência que tive e que acredito que pode somar ao trabalho que desenvolvemos no campo da audiodescrição no Brasil. Como vocês sabem, sou,  neste momento, estudante de Mestrado em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais Contemporâneos, na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. Desde que cheguei aqui, percebi que, apesar da Espanha ser “pioneira” nesse quesito,  as lutas, batalhas e dificuldades enfrentadas se parecem muito com as nossas. Infelizmente poucas são as pessoas  que sabem, de fato, o que é e pra quê serve a audiodescrição. Aproveitando que estou aqui, e buscando uma ajuda  para a revisão da minha tese, tive o imenso prazer de conhecer a professora Pilar Orero, da Universidade Autônoma  de Barcelona. Quando conversamos sobre audiodescrição, pude falar um pouco mais, apesar da professora Pilar  conhecer bem a realidade brasileira na área: que temos no Brasil esse mercado em franca expansão, de como estamos  fazendo a audiodescrição ser conhecida no país e que temos esperanças, sim, no futuro e no desenvolvimento dessa  ferramenta de acessibilidade. Reconhecemos, claro, que ainda há um longo caminho pela frente, mas sabemos que já demos os primeiros, e muito importantes, passos rumo a esse progresso. A partir desse primeiro encontro, a professora  me convidou para participar de uma reunião de trabalho do Grupo de Acessibilidade da ITU (International Telecommunication Union), que aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de janeiro desse ano, em Genebra na Suíça. O grupo teve início em 2011 e  busca estudar a acessibilidade na mídia aberta (rádios e tevês) do mundo e propor sugestões para torná-la, cada vez mais,  acessível. O grupo está dividido em 11 sub-grupos (A, B, C, D…). Coordenado pela professora Pilar, o grupo B trata do tema:  Audio/Video Description e Spoken Subtitles, e foi nesse grupo que eu tive a honra de poder participar levando um pouco da  nossa realidade brasileira em audiodescrição. Nosso trabalho durante os três dias de encontro foi intenso e as sugestões  buscam abranger a todas as realidades de mídia aberta no mundo. Isso porque deve-se levar em consideração a realidade  da mídia mundial – seus alfabetos, formas de escrita, utilização da “safe area” da tela da televisão, e outras até bem técnicas  como o sistema de transmissão usado pelos países…O documento, que ainda não é o final, nos deixou satisfeitos, porém,  toda a contribuição é bem-vinda. Ele deverá ser entregue em março e o grupo, que já teve encontros no Japão, Tokyo; Canadá,  Toronto e Suíça, Genebra; segue os trabalhos na área propondo outras sugestões e aliando isso a outras frentes de  atuação da ITU. Abaixo, deixo os links de contato com o grupo. Vale lembrar que esse grupo é aberto e todos podem  participar – basta procurar um dos coordenadores e ver se a participação remota ou presencial é aceita.Facebook:  http://www.facebook.com/accessiblemedia?fref=ts. ITU Website: http://www.itu.int/en/ITU-T/focusgroups/ava/Pages/default.aspx Grupos de trabalho do Focus Group. A: Captioning;B: Audio/Video description and spoken captions;C: Visual signing and sign language; D: Emerging access services;E: Electronic Programming Guides and on-air promotion;F: Participation and digital media; G: Digital Broadcast Television;H: IPTV;I: Mobile and handheld devices;J: Key Performance Indicators;K: Access of Working Procedures. Mais uma vez, me coloco à disposição de todos vocês para ajudas, sugestões, trabalhos, enfim… espero continuar contribuindo  com o trabalho de todos e trabalhando pelo crescimento e progresso da audiodescrição no Brasil. Contem comigo. Um abraço, Kemi Oshiro.



“Prezados amigos e colegas audiodescritores,

Escrevo para dividir com vocês uma experiência que tive e que acredito que pode somar ao trabalho que desenvolvemos no campo da audiodescrição no Brasil.

Como vocês sabem, sou, neste momento, estudante de Mestrado em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais Contemporâneos, na Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. Desde que cheguei aqui, percebi que, apesar da Espanha ser “pioneira” nesse quesito, as lutas, batalhas e dificuldades enfrentadas se parecem muito com as nossas. Infelizmente poucas são as pessoas que sabem, de fato, o que é e pra quê serve a audiodescrição.

Aproveitando que estou aqui, e buscando uma ajuda para a revisão da minha tese, tive o imenso prazer de conhecer a professora Pilar Orero, da Universidade Autônoma de Barcelona. Quando conversamos sobre audiodescrição, pude falar um pouco mais, apesar da professora Pilar conhecer bem a realidade brasileira na área: que temos no Brasil esse mercado em franca expansão, de como estamos fazendo a audiodescrição ser conhecida no país e que temos esperanças, sim, no futuro e no desenvolvimento dessa ferramenta de acessibilidade. Reconhecemos, claro, que ainda há um longo caminho pela frente, mas sabemos que já demos os primeiros, e muito importantes, passos rumo a esse progresso.

A partir desse primeiro encontro, a professora me convidou para participar de uma reunião de trabalho do Grupo de Acessibilidade da ITU (International Telecommunication Union), que aconteceu nos dias 21, 22 e 23 de janeiro desse ano, em Genebra na Suíça. O grupo teve início em 2011 e busca estudar a acessibilidade na mídia aberta (rádios e tevês) do mundo e propor sugestões para torná-la, cada vez mais, acessível.

O grupo está dividido em 11 sub-grupos (A, B, C, D…). Coordenado pela professora Pilar, o grupo B trata do tema: Audio/Video Description e Spoken Subtitles, e foi nesse grupo que eu tive a honra de poder participar levando um pouco da nossa realidade brasileira em audiodescrição.

Nosso trabalho durante os três dias de encontro foi intenso e as sugestões buscam abranger a todas as realidades de mídia aberta no mundo. Isso porque deve-se levar em consideração a realidade da mídia mundial – seus alfabetos, formas de escrita, utilização da “safe area” da tela da televisão, e outras até bem técnicas como o sistema de transmissão usado pelos países…

O documento, que ainda não é o final, nos deixou satisfeitos, porém. toda a contribuição é bem-vinda. Ele deverá ser entregue em março e o grupo, que já teve encontros no Japão, Tokyo; Canadá, Toronto e Suíça, Genebra; segue os trabalhos na área propondo outras sugestões e aliando isso a outras frentes de atuação da ITU. Abaixo, deixo os links de contato com o grupo. Vale lembrar que esse grupo é aberto e todos podem participar – basta procurar um dos coordenadores e ver se a participação remota ou presencial é aceita.

Facebook: http://www.facebook.com/accessiblemedia?fref=ts
ITU Website: http://www.itu.int/en/ITU-T/focusgroups/ava/Pages/default.aspx

Grupos de trabalho do Focus Group.

A: Captioning;
B: Audio/Video description and spoken captions;
C: Visual signing and sign language;
D: Emerging access services;
E: Electronic Programming Guides and on-air promotion;
F: Participation and digital media;
G: Digital Broadcast Television;
H: IPTV;
I: Mobile and handheld devices;
J: Key Performance Indicators;
K: Access of Working Procedures.

Mais uma vez, me coloco à disposição de todos vocês para ajudas, sugestões, trabalhos, enfim… espero continuar contribuindo com o trabalho de todos e trabalhando pelo crescimento e progresso da audiodescrição no Brasil.

Contem comigo.

Um abraço,

Kemi Oshiro”

Fonte: http://www.blogdaaudiodescricao.com.br

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